Aloizio não chegou aos 30, mas há tempos passou dos 18. Cresceu no samba, se aventurou no pop e descobriu o blues ao olhar para o passado quando tentava chegar ao futuro através do rock. Descendente de uma família circense, cresceu em Brasília e se reinventou, já adulto, em São Paulo. Fez e refez pontes, amizades e bandas, e se permitiu chegar ao fundo do abismo para descobrir se quem havia sido até então era quem ele realmente era e queria ser. E esse processo de reimaginação de si, através de espelhos e olhares externos, é o eixo de Esquina do Mundo, primeiro disco solo de Aloizio.
Criado em São Paulo e gravado em três cidades diferentes – Rio de Janeiro, Los Angeles e Nova Iorque – através de um projeto bem-sucedido de crowdfunding, Esquina do Mundo absorve o espírito nômade de seu criador em dez faixas emocionalmente cruas e intensas, de arranjos caprichosos orquestrados pelo produtor carioca Felipe Fernandes (Baleia, Iara Rennó, Jorge Ben). A versatilidade do álbum, que passeia com naturalidade por um leque generoso de estilos, ganha unidade através de um power trio registrado pela primeira vez em disco, que além da voz e das guitarras de Aloizio, se completa com o baixo marcante de Pedro Broggini e pelas levadas criativas do baterista Samyr Aissami.
Sala Adoniran Barbosa – Centro Cultural São Paulo
Grátis